segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Vem aí o Dia do Cinema Xavante em Nova Xavantina: 18 de novembro na Unemat

Por Maíra Ribeiro/Funai Nova Xavantina

O cinema tem o poder de nos levar a experimentar novas vivências, sem precisarmos sair de onde estamos. Nessa certeza, o Dia do Cinema Xavante fará exibição de filmes sobre os povos indígenas e particularmente o povo Xavante para trazer informações, sensações e debate para a população xavantinense, em especial os moradores indígenas e os estudantes universitários. Afinal, um passo importante para quebrar o preconceito é conhecer o outro.

O Dia do Cinema Xavante acontecerá na quarta-feira, 18 de novembro de 2015, em Nova Xavantina. O evento é gratuito e aberto a toda a população. A partir das sete da noite no auditório da Unemat, serão exibidos três documentários, seguidos por um bate-papo com os realizadores desses filmes. Está previsto um ônibus da Secretaria Municipal de Educação para transportar os estudantes indígenas da cidade para participarem do evento.

“Índios no Poder” é o documentário recém-lançado de Rodrigo Arajeju e discute a representação parlamentar indígena. Em seguida, será exibido “Uma Casa Uma Vida”, de Raiz das Imagens, documentário que discute a habitação xavante ao mesmo tempo que registra uma experência de bioconstrução em duas aldeias xavante. Por fim, será exibido o filme” Tso’hipãri – Sangradouro”, que conta a história da Terra Indígena Sangradouro a partir da perspectiva do povo Xavante. Este último filme foi dirigido pelo cineasta Xavante Divino Tserewahu, que estará presente no evento contando sua trajetória, juntamente com Rodrigo Arajeju e Alexandre Lemos, produtor do filme “Uma Casa Uma Vida”. Os realizadores falarão um pouco sobre a ferramenta audiovisual, suas experiências, perspectivas e sobre os temas dos filmes produzidos.

O  Dia do Cinema Xavante é uma realização da Coordenação Técnica Local em Nova Xavantina da Funai, com apoio do campus de Nova Xavantina da Unemat e da Secretaria Municipal de Educação. O evento faz parte do projeto “Cinema nas Aldeias Xavante: ver, ouvir e debater”, da Funai, que promove sessões de cinema itinerante nas aldeias das Terras Indígenas Parabubure e Ubawawe e conta com o apoio do Museu do Índio/Funai.

Confira a programação completa:

cartaz filmes

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Basta de tirania parlamentar
A sociedade não vai tolerar a ditadura de interesses de uma minoria eleita por transações políticas e financeiras sob judice. Não à PEC 215!

Andrea Jakubaszko

Programa de Direitos Indígenas da OPAN


A OPAN luta desde 1969, em pleno regime militar, pelos direitos humanos e das minorias étnicas em favor da consolidação de um Estado democrático e pluricultural. Essa luta histórica de muitos brasileiros e brasileiras anônimos e ilustres alcança seu ápice na Constituição Federal (CF) de 1988. Ela rege e preconiza os papéis e deveres de Estado para com estes povos originários e diversas comunidades tradicionais que configuram a gênese da sociedade brasileira.

Para além da importância do reconhecimento das terras indígenas e quilombolas para os patrimônios culturais, ambientais e históricos da União, que são fato consumado e sacramentado na Carta Magna do país, não há nenhum jurista que possa, em sã consciência, aceitar que a atribuição de demarcações de terras da União esteja na esfera legislativa, posto que não pairam dúvidas sobre se tratar de ato administrativo de competência executiva com base no reconhecimento legal e político já estabelecido deste direito.

Seria menos impactante se esta manobra infantil e irresponsável de determinados parlamentares tentasse suprimir de vez os artigos 215 e 216 da CF1988. Porém, sabem que sem poder para isso, encomendam de advogados do terceiro escalão um parecer inconsistente tentando forçar uma situação que seria trágica se não fosse patética.

A sociedade brasileira, incluindo os setores produtivos ambientalmente responsáveis, movimentos sociais, entidades de classes, intelectuais e sociedade civil organizada, não está disposta a tolerar a ditadura de interesses agrários e econômicos de uma minoria eleita por transações políticas e financeiras sob júdice. Além de não representarem os interesses nacionais, julgam-se acima de qualquer Carta Magna, acima da vontade do povo brasileiro.

Se uma significativa parcela da imprensa mal formada do país não dá a devida cobertura ao escândalo do genocídio em Mato Grosso em Sul, isso não tem importância diante da atenção que as Cortes e a imprensa internacional dão ao caso. Seu descaso e despreparo para abordar a temática também é irrelevante mediante o ibope das redes sociais que em meia hora no último dia 22 de outubro atingiu o topo no ranking dos dez assuntos mais falados no país, onde os brasileiros dizem em massa:  #PEC 215 NÃO.

O direito à memória e à verdade é um processo recente no Brasil, mas deste direito deriva a certeza de que manobras como essas estão fadadas ao fracasso na história contemporânea de um país que para reafirmar sua potência global não tem como prescindir de suas matrizes culturais e ambientais na diversificação de suas possibilidades técnicas e econômicas.

O direito à verdade e à diversidade é irrevogável e os parlamentares que se opõem à vontade popular e aos direitos já consagrados devem temer pelas consequências de seus atos.

OPAN - OPERAÇÃO AMAZÔNIA NATIVA

 

segunda-feira, 14 de setembro de 2015




CONVITE

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XII FESTA DA TROCA DE SEMENTES CRIOULAS

É com muita esperança em dias melhores que a CPT e seus parceiros convidam você, sua família e sua comunidade para participarem conosco de mais uma festa da troca de sementes crioulas, cujo tema será:

“APESAR DA SECA E DAS CERCAS, O CERRADO AINDA FLORESCE”.

Data: 19 de Setembro de 2015
Local: Comunidade de Minhocal – Jangada
Horário: das 08h00min as 16h00min. O almoço é por nossa conta.
Feira: De roças e quintais. Tragam seus produtos, para trocar e/ou comercializar.
Venha participar conosco, trazendo suas sementes, mudas de plantas medicinais ou/e mudas de plantas frutíferas, para troca e partilha. Sua presença é muito importante para nós.
                
                                                             Abraço amigo da equipe CPT-MT

sexta-feira, 21 de agosto de 2015


Fórum divulga Relatório de Direitos Humanos e da Terra 2015




O Fórum de Direitos Humanos e da Terra de Mato Grosso (FDHT-MT) divulgou esta semana a edição 2015 do Relatório Estadual dos Direitos Humanos e da Terra. O documento apresenta um panorama histórico dos Direitos Humanos e da Terra com destaque para a ocupação territorial do Estado e os recorrentes violações cometidas pelo poder político e econômico. Confira!

terça-feira, 9 de junho de 2015

CNTE realiza Encontro dos Coordenadores Nacionais do Projeto DST/Aids

Por Jordana Mercado/CNTE

Belo Horizonte/MG recebe, entre os dias 08 e 10 de junho, mais um encontro do coletivo DST/AIDS da CNTE. Este é o sétimo ano que o grupo de trabalho se reúne e a principal pauta do encontro, além de continuar capacitando os coordenadores, é analisar o cenário atual da epidemia e construir estratégias de sensibilização para o 1º de dezembro, que é o Dia Mundial da Luta contra a Aids.

Enquanto no Brasil a doença tem uma leve tendência de queda, entre os jovens de 15 a 24 anos o número de casos está aumentando. Em sete anos, o crescimento foi de 40% nessa faixa etária, que tem mais parceiros, se protege menos e não tem noção clara do perigo da doença.

segunda-feira, 1 de junho de 2015



CARTA DO II INTERCÂMBIO ESTADUAL DE MULHERES DA CPT/MT
MULHER: SEMENTE DE VIDA E RESISTÊNCIA

Nós, Mulheres de todos os cantos de Mato Grosso, aqui nos reunimos e seguimos fazendo história.






Nós, mulheres de Mato Grosso, acompanhadas pela Comissão Pastoral da Terra, das diversas regiões desse Estado, nos reunimos em Porte Alegre do Norte, de 28 a 30 de maio do ano em curso, para partilhar nossas experiências, refletir, anunciar e denunciar a realidade que vivemos. Estamos aqui e, através dessa carta, queremos dizer o que nos aflige e também o que nos anima.

Denunciamos a violência praticada contra nossos corpos e mentes que é fruto do machismo e do ainda persistente poder patriarcal, que continua vendo a mulher como objeto e propriedade, também do companheiro. É a mesma violência que se comete contra a Mãe Terra, explorada, desnudada e envenenada pelo poder do agronegócio.

Repudiamos a imposição de um modelo de desenvolvimento de morte, que privilegia a concentração da propriedade, a exploração dos recursos naturais por modelos não sustentáveis de geração de energia e de mineração, para a implementação de “grandes empreendimentos”, que expulsam populações camponesas, indígenas, comunidades tradicionais e quilombolas.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Relatório apresentado à ONU denuncia encarceramento e extermínio de jovens

Um relatório apresentado ao Comitê sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, aponta o encarceramento e o extermínio de jovens como violações frequentes no Brasil. Elaborado pela Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente (Anced – Seção DCI Brasil), o monitoramento mostra que a taxa de homicídio entre a população de até 19 anos aumentou 194,2%, entre 1980 e 2012.

Antes, morriam 19,6 jovens a cada grupo de 1.000, proporção que passou para 57,6 ao longo das três últimas décadas. O jovem que sofre com mais frequência essa violação é negro e pobre, diz o documento. No período citado, o número de vítimas brancas caiu 32,3% e o de negras aumentou 32,4%.  A integrante da Anced Mônica Brito confirma que a situação tem sido denunciada frequentemente tanto por organizações da sociedade civil quanto pelo próprio Estado. No entanto, apesar dessa constatação, ela considera as políticas públicas e o orçamento existentes para o setor insuficientes para enfrentar o problema.