A lei que torna Chico Mendes patrono do meio ambiente brasileiro foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff e publicada hoje (16) no Diário Oficial da União. O líder seringueiro, morto há 25 anos, ficou conhecido internacionalmente por sua luta em favor da categoria e da proteção da Floresta Amazônica. Chico Mendes foi assassinado a tiros, no quintal de sua casa, em Xapuri, no Acre, no dia 22 de dezembro de 1988, uma semana depois de completar 44 anos. Nesta segunda-feira, haverá sessão solene no Congresso Nacional em memória dos 25 anos da morte do líder seringueiro. O evento ocorrerá às 11h, no plenário do Senado. Fonte - Agência Brasil
A figura de Chico Mendes reúne todos os elementos que fazem de líderes e defensores de uma causa verdadeiros mitos Por Cristina Uchôa e Glauco Faria Passaram-se duas décadas após a morte de Francisco Alves Mendes Filho, o seringueiro mais conhecido como Chico Mendes, e seu nome é reconhecido e lembrado como um dos brasileiros mais importantes do século passado. Para quem observa hoje, no entanto, fica a questão: como alguém que liderava trabalhadores rurais e empreendia uma luta local passou a ter tanta relevância em termos mundiais? Diversos fatores contribuíram para que ele pudesse se tornar um símbolo da defesa da Amazônia. Sua boa relação com a imprensa internacional, em uma época em que o ambientalismo ganhava força em todo o planeta, foi fundamental, mas é claro que essa projeção só foi possível porque a sua luta representava a defesa de ideais que eram comuns a inúmeras pessoas em contextos absolutamente distintos.
Um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz mostra que a maior parte dos estudos conduzidos de 2006 para cá por universidades e institutos aponta o agrotóxico 2,4-D, usado para combater ervas daninhas de folha larga, como causador de danos à saúde humana, animal ou ao meio ambiente.
Segundo a pesquisadora e toxicologista Karen Friedrich, responsável pelo levantamento, os resultados contrastam com os encontrados por empresas privadas em relação à substância. Os dados foram apresentados durante audiência pública no Ministério Público Federal (MPF) para discutir a liberação no mercado de sementes transgênicas de milho e soja resistentes a esse tipo de agrotóxico.